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Um indicativo de um gestor de risco bem-sucedido é quando se nota a existência de uma cultura de conscientização sobre riscos em sua organização. Tal cultura geralmente leva a uma melhor noção do valor da gestão dos riscos, a melhorias na segurança, a menos sinistros, à redução do custo dos riscos e a melhores resultados financeiros.

Que empresa não gostaria de colher tais benefícios? O truque para uma cultura de consciência de riscos é simplesmente criá-la! Douglas Barlow, um canadense considerado por muitos como o primeiro executivo de negócios a adotar o título de gerente de riscos, por volta do início dos anos 1960, disse: "Todo gerenciamento é gerenciamento de risco”.  Acredito que ele estava certo, mas, infelizmente, nem todos os gestores pensam dessa forma. É por isso que é importante criar uma cultura de consciência sobre riscos. Se fosse fácil,  entretanto, todas as organizações já teriam essa cultura. Felizmente existem maneiras de melhoraras deficiências.

Os gestores de risco estão em posição de influenciar decisões em praticamente todas as áreas em suas empresas - se a voz deles for ouvida. Para ter voz nas decisões, um gerente de risco precisa ser capaz de se comunicar claramente com todos os níveis - desde a diretoria até a sala de expedição do malote, incluindo os níveis intermediários entre esses pontos.

Aqui estão algumas maneiras de criar uma cultura de consciência sobre riscos:

  1. Conheça seu negócio. Não importa em qual segmento um gerente de risco atua, uma parte fundamental de seu trabalho é compreender a dinâmica do negócio - como funciona, o que precisa para operar e os obstáculos que enfrenta. Reserve tempo para ampliar seu conhecimento, fazer perguntas e procurar respostas.
  2. Ganhe a confiança da alta administração. O ponto de vista  de um gerente de risco, aliado a uma compreensão abrangente dos objetivos da organização, pode contribuir muito para que as metas de negócio sejam atingidas. A gestão inteligente de riscos não é feita a partir de "não", mas sim de formas criativas para dizer "sim" à tomada de riscos. E a confiança é conquistada com o tempo, de forma consistente, oferecendo soluções para os desafios.
  3. Transforme seus colegas em gestores de risco. As alianças são necessárias para os gestores de risco, porque seus departamentos são relativamente pequenos. A edição de 2013 da Global Risk Management Survey de 2013 da Aon Risk Solutions indica que, em mais de 70% das organizações, o departamento de gestão de risco tem seis ou menos funcionários. Isso significa que a maioria das organizações pode ter apenas meia dúzia de funcionários responsáveis por programas de controle de perdas e de financiamento de risco, destinados a proteger dezenas de milhares de vidas e alguns bilhões de dólares em receitas. Fazer aliados para esse esforço não só torna a tarefa menos assustadora, mas também melhora as chances de sucesso.
  4. Comunique as vitórias e as derrotas. Para ajudar as pessoas a compreender o valor do gerenciamento de riscos e, principalmente, como apoiá-lo nessa tarefa, os gerentes de risco precisam  comunicar o que eles fazem – tanto quando ocorrem perdas como quando as perdas são evitadas. Sem dúvida, a gestão de riscos é um esforço colaborativo, não importa quão grande ou pequena seja a organização. Preserve as alianças, mantendo os colaboradores informados sobre como estão ajudando no esforço geral.

Muitas organizações utilizam centros de custos , de modo que as perdas são contabilizadas nos departamentos ou unidades onde ocorrem.  Essa é uma boa prática, que oferece um desincentivo financeiro para ignorar os custos das perdas. Mas é apenas uma das maneiras de chamar a atenção dos gestores. Os gerentes de risco podem também fornecer histórias e exemplos que podem ser compartilhados entre os colegas, de uma forma que seja relevante para suas respectivas áreas de responsabilidade.

Por exemplo, se os gerentes das unidades de negócio de uma organização de varejo estão focados em bater os números de vendas a cada trimestre, o gerente de risco que entende do negócio e de seus drivers de perda pode ajudar a ligar os pontos entre práticas arriscadas no interior das lojas e como essas perdas criariam um empecilho para as vendas. Prevenir perdas, portanto, ajuda a manter as receitas das lojas fluindo - uma mensagem que os gerentes das unidades vão querer ouvir.

Gerentes de risco bem-sucedidos são capazes de disseminar a consciência sobre riscos e sua mitigação por toda a organização. Eles fazem isso sendo fortes comunicadores e formadores de equipe. Não se consegue fazer isso, ficando sentado em um escritório ou atrás de uma mesa. Os gestores de risco têm que sair e falar com as pessoas, saber o que elas fazem e, por sua vez, explicar a elas o que a gestão de risco faz. Quanto maior e mais espalhada a organização, mais importante é, para o gerente de riscos, sair a campo e visitar os centros operacionais.

Um gerente de risco de uma grande empresa multinacional recentemente me disse: "Eu vi organizações mal administradas com bons departamentos de gestão de risco, mas eu nunca encontrei uma organização bem administrada com um departamento de gestão de risco ruim." Ele está certo por um razão muito boa: gestão de risco tem um papel fundamental no sucesso organizacional.

Regis Coccia é jornalista de seguros e estrategista de conteúdo. Suas colunas sobre temas de seguros e risco aparecem periodicamente no Fast Fast Forward.

As opiniões expressas nesta coluna são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do XL Group.

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